O Final e a Persistência do Vinho
O final e a persistência referem-se às sensações que permanecem na boca após o vinho ser engolido ou cuspido e ambas são características importantes na avaliação de qualidade da bebida. Tanto o final quanto a persistência fazem parte da última etapa da análise sensorial e indicam a conclusão que o degustador terá sobre o vinho experimentado.
O final do vinho é a sensação deixada no paladar após a bebida ser ingerida, a qual pode ser agradável ou equilibrada e descrita como curta, média ou longa.
Nos vinhos considerados de final curto, os sabores desaparecem quase que imediatamente; nos de final médio, os sabores permanecem vários segundos na boca e nos de final longo, os sabores permanecem mais de um minuto no paladar. Vinhos simples, com menos complexidade, tendem a apresentar um final curto e, os de qualidade superior e mais complexos, final longo.
A persistência do vinho é a sensação gustativa que os sabores duram no paladar. Após a ingestão do vinho, os órgãos gustativos e olfativos continuam percebendo sabores e aromas, os quais desaparecerão em uma quantidade variável de tempo. Quanto maior a quantidade de tempo que essas sensações são percebidas, maior a persistência do vinho. Vinhos encorpados costumam ser mais persistentes do que os mais leves.
Um vinho pode ser considerado razoavelmente persistente quando permanece no palato por 4 a 6 segundos, abaixo desse tempo é considerado pouco persistente. Para ser considerado persistente, o sabor de um vinho deve durar aproximadamente de 10 a 15 segundos, após ser ingerido.
Para concluir, é necessário analisar outras características e perceber se estão bem integradas, como a acidez, o álcool, o tanino, a doçura e os sabores. Afinal, uma característica não deve nunca sobressair a outra.